sexta-feira, 7 de novembro de 2008

AMOR E HOLERITE

“Em boa parte das grandes empresas, uma regra não escrita (ou, às vezes, até escrita) determinou durante muito tempo que, para não atrapalhar o bom andamento dos negócios, o relacionamento amoroso entre funcionários era desestimulado, indesejado ou penalizado – em caso de casamento, uma das partes podia até ser transferida para um lugar escuro e frio, ou seja, longe do centro do poder. Como não existe decreto que elimine a química sexual entre homens e mulheres, um bocado de gente atropelou a regra. Hoje, o pêndulo está voltado para o extremo oposto, a ponto de existirem empresas que apóiam casamentos internos. O motivo é uma constatação difícil de ser entendida por aqueles que tremem de horror à idéia de passar o dia inteiro com o cônjuge e depois dividir o leito com o mesmo colega de trabalho: o casal que trabalha junto produz mais, melhor e com menos atritos entre profissão e vida familiar.

A influência positiva da associação entre casamento e trabalho sobre a produtividade foi comprovada numa pesquisa com 608 casais nessa situação, em SP e RS, realizada pelo escritório brasileiro da International Stress Management Associantion (Isma).

A empresa instituiu um regulamento freqüente nesses casos: sempre designa marido e mulher para departamentos diferentes. "A única restrição que colocamos é não haver subordinação, porque entendemos que não há isenção entre marido e mulher, e o fato de um ser chefe direto do outro pode atrapalhar a carreira de ambos", explica Waldson. O mais famoso casal que trabalha junto discorda: é possível, sim, um ser chefe do outro, afirma Fátima Bernardes, 46 anos, que há dez apresenta o Jornal Nacional com o marido William Bonner, 44, seu superior na redação. "Na bancada não há hierarquia, e fora dela, como editora, defendo de maneira apaixonada aquilo em que aposto. Nem sempre prevalece a minha opinião, e isso faz parte".

Em profissões de alto nível de exigência, dividir a mesma carreira, ainda que não o ambiente de trabalho, pode ser uma fonte de apoio mútuo para os cônjuges."

Fonte: Revista Veja

Postado por Nicole Gioia Pinheiro

Um comentário:

Anônimo disse...

Relacionamento amoroso junto com trabalho pode sim dá certo, mas depende da cultura organizacional de cada empresa e do carater profissional de cada pessoa. Ninguém pode impedir que duas pessoas que se conheceram no trabalho tenham um relacionamento desde que estas continuem fazendo seu trabalho da melhor forma possível e respeitando o ambiente da empresa